Foram três anos de paz. Depois de você foram tantos outros. Com meta estabelecida era simples, não se envolver.
Saindo de casa com uma armadura protegendo o peito contra toda a dor que eu passei por ter te perdido, protegida contra toda maldade do mundo. Jogo invertido, controlar a minha vida.
Eu que nem fumava nem bebia, Depois de você foram noites em claro, porres intermináveis, drogas e um vazio.
Eu tive tudo, fui plenamente feliz com os sentimentos que o amor poderia me oferecer, te amei com o sentimento mais puro e o coração de uma criança.
Suas promessas de amor infinito e pra sempre me faz considerar ainda mais o fato que palavras ditas, são apenas palavras ditas.
Tive paixões enlouquecedoras nesses anos, aquelas de tirar o fôlego. E essa coisa toda só acabava pra mim quando ouvia as mesmas palavras ditas por você.
Você prometeu, aliás você “pometeu” que não iria me deixar, que o nosso amor era o maior presente que Deus poderia ter te dado.
E depois de todo esse tempo decidi te tirar de mim e entender que nem sempre as palavras ditas eram só palavras ditas que elas poderiam ser sentidas.
Aí então apareceu ele seus cachinhos, suas costas enormes e a capacidade de estar me fazendo rir a cada três segundos da maneira que ele penteia o cabelo, da forma como dormimos abraçados e de como ele faz uma “lagoazinha” de catchup e maionese quando está comendo um lanche.
Ele me fez rir da vida, me fez rir pro seu João, o segurança da minha rua mesmo com aquele apito chato que me acorda todas as noites, me fez rir de mim e as manias esquisitas, e me fez lembrar ele todas as noites antes de dormir.
E quando chegou o momento de ele dizer as tais palavras a dor se antecipou e eu desisti, desisti de tentar fazê-lo feliz, desisti de tentar ser eu.